sábado, 23 de março de 2013
Cem anos de perdão - Clarice Lispector
Representação da rosa roubada pela menina.
Imagem retirada do site: Sonho com estrelas.
O conto fala sobre duas amigas que moram em Recife e gostavam de passear na rua dos ricos, onde só tinham jardins imensos e lindos casarões, parecidos com castelos.
Brincavam muito e costumavam ficar observando os jardins também. Entre uma das casas dos ricos havia uma linda rosa. Uma das meninas queria tê-la de qualquer jeito. Sua amiga vigiava a casa, para que ninguém as visse. A porta da casa estava meia aberta, e assim a menina roubou a rosa, e quando chegou em casa colocou-a em um copo d'água.
Diante de todo esse processo as meninas passaram a roubar rosas e pitangas, uma com a ajuda da outra e não se arrependiam, até porque ninguém nunca descobriu. Afinal, "ladrão de rosas e de pitangas tem 100 anos de perdão.
sexta-feira, 22 de março de 2013
Conta aí Clarice!
Esse é um trecho de uma entrevista feita pela TV Cultura, no ano de 1977, com a escritora Clarice Lispector, que faleceu neste mesmo ano.
Em relação a sua adolescência Clarice disse que era uma jovem, caótica, intensa, tímida e ousada ao mesmo tempo.
Quando o repórter perguntou em que momento a escritora resolve assumir sua carreira, ela diz que nunca assimiu, não é uma profissional, escreve apenas quando quer, é uma escritora amadora e se orgulha de ser assim, optou por isso para manter sua liberdade.
A escritora achava mais fácil lidar com criança, pois tinha um filho, e com isso um instinto maternal. Já com os adultos achava mais difícil, pois quando se comunicava com eles, estava se comunicando também com o secreto de si mesma.
Ela era uma mulher de poucas palavras, tinha a língua presa, e esse era um dos motivos para todas suas respostas objetivas.
Como todas as pessoas têm seus momentos de fragilidade, Clarice também tinha, mas não queria assumir, tentava mudar isso com a simples desculpa de que "estava cansada".
sábado, 9 de março de 2013
Eu como Clarice Lispector, que tal?
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| Imagem retirada do site: Releituras.
Sou Clarice Lispector, nasci no dia 10 de dezembro de 1920, em Tchetchelnik, uma cidade da Ucrânia.
Minha família veio para o Brasil em março de 1922 para a cidade de Maceió, Alagoas, onde morava Zania, irmã da minha mãe. Em 1925 nos mudamos para Recife, onde passei minha infância no Bairro de Boa Vista.
Sou uma escritora amadora e me orgulho por ser assim! Escrevo apenas quando quero, é um jeito que encontrei para ficar livre de mim mesma.
Escrevo coisas muito intensas, mas sem nenhum objetivo. Não sou profissional, muito menos me considero uma escritora famosa.
No ano de 1943 me formei em direito e me casei com um diplomata, depois de nosso casamento moramos na Inglaterra, Estados Unidos e Suíça, e estava sempre ao seu lado. Em 1948, tivemos nosso primeiro filho, Pedro e em 1953, nas nos Estados Unidos meu segundo filho Paulo. Já em 1959 eu e meu marido nos separamos e retornei ao Rio de Janeiro com meus filhos.
Em 1960 lancei meu primeiro livro, chamado "Laços de Famíla", um livro de contos.
Quando estava morando no Rio de Janeiro descobri que sofria de câncer generalizado. Morri em 9 de dezembro de 1977, na véspera do meu aniversário.
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